“Principia a história da Gafanha no terceiro quartel do séc. XVII e começos do XVIII: existem documentos de que pelos anos de 1677, 1682 e 1727 fizera o Conde de Aveiras aforamentos de quintas que bordam a Ria, desde o sítio do actual Esteiro até à mota que dá passagem para a Costa Nova, ainda que já antes de 1677 devia ter havido alguns cultivadores da Gafanha.
(…) Grande porção do antigo areal adaptou-o pois o homem assim sucessivamente à cultura, com trabalho e suor, aproveitando a fertilidade do solo, e os adubos que a Ria lhe ministrava: cultura da batata, feijão, milho, centeio, algum vinho…"
Etnografia Portuguesa de José Leite de Vasconcelos
Foto da Família Ribau, cedida pelo Ângelo Ribau António Gomes da Rocha Madail escreveu na revista “Aveiro e o seu Distrito”, n.º 2 de 1966, um artigo com o título de “Impressões de Aveiro recolhidas em 1871». Cita, em determinada altura, “Recordações de Aveiro”, de Guerra Leal, que aqui transcrevo: (…) «No seguimento d'esta estrada ha uma ponte de um só arco, por baixo da qual atravessa o canal que vai a Ilhavo, Vista Alegre, Vagos, etc., e ha tambem a ponte denominada das Cambeias, proxima à Gafanha. É curiosa e de data pouco remota a historia d'esta povoação original, que occupa uma pequena peninsula. Era tudo areal quando das partes de Mira para alli vieram os fundadores d' aquelIa colonia agricola, que á força de trabalho e perseverança conseguiu, com o lodo e moliço da ria, transformar uma grande parte do areal em terreno productivo. Foi crescendo a população, que já hoje conta uns 200 fogos, e o que fôra esteril areal pouco a pouco se transformou em fertil e
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