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Biblioteca de Ílhavo alberga livros e os nossos sonhos



(Foto cedida gentilmente pela BMI)

A Biblioteca Municipal de Ílhavo (BMI) assinalou no passado dia 11 de setembro o seu 7.º aniversário, havendo boas razões para o fazer, já que este equipamento tem desenvolvido uma profícua ação cultural no concelho e na região. Paralelamente, tem promovido trabalhos, consultas, divertimento, convívio e formação, o que a situa numa excelente posição de referência, no âmbito da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. 
A celebração deste aniversário saiu enriquecida pelo lançamento de dois livros: “Capuchinho Vermelho: histórias secretas e outras menos”, coletânea de contos coordenada por José António Gomes e Sara Reis da Silva; e “De capuz, chapelinho ou gorro: recriações de O Capuchinho Vermelho na Literatura Portuguesa para a infância”, de Sara Reis da Silva.
Na altura, Paulo Costa, vereador da autarquia ilhavense, sublinhou a importância deste equipamento voltado para os livros e para as leituras, contando já com 6389 utilizadores inscritos e tendo registado até à data um total de 123 398 empréstimos, verificando-se uma procura crescente de utilizadores da BMI. 
O vereador frisou que o edifício daquele espaço, com projeto arquitetónico reconhecido internacionalmente, foi concebido não só para acolher os livros nas suas prateleiras, mas também «para albergar os nossos sonhos». Garantiu que «as personagens saem dos livros, de noite, para nos inspirarem de manhã e durante o dia, no sentido de fazermos cada vez mais e melhor pela cultura», com a ajuda da equipa residente, sublinhou. 
Referindo-se à docente universitária e nossa conterrânea Sara Reis da Silva, Paulo Costa salientou a sua capacidade de «produção literária em permanência», enquanto manifestou vontade de que a sua tese de doutoramento, já no prelo, venha a ser lançada em breve na BMI. Concluiu, desejando que o próximo ano, apesar da crise, seja melhor do que têm sido os últimos tempos, com mais gente a requisitar mais livros. 
Ana Margarida Ramos, ilhavense e docente universitária, que apresentou o mais recente livro da Sara Reis da Silva, enalteceu o trabalho da biblioteca da sua terra, «sempre muito bonita, quer pela sua arquitetura e pelo seu catálogo, quer por ser viva e dinâmica, graças à sua equipa», acrescentando que já «está no mapa das bibliotecas com nível». 
Ana Margarida lembrou que a Sara tornou mais conhecido um autor ilhavense, Mário Castrim, «que Ílhavo ainda não homenageou», ideia aplaudida vivamente pelos presentes, que encheram o anfiteatro daquele equipamento cultural. 
Durante o mês de setembro, está a decorrer na BMI a Feira do Livro, uma excelente ocasião para cada um enriquecer as suas bibliotecas, com a aquisição de bons livros. 

Fernando Martins

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